Empreendedores do Mercado do Pescado são capacitados para melhorar qualidade do produto comercializado

Boas práticas de manipulação, armazenamento e higienização do espaço são algumas das orientações durante a oficina de boas práticas de manipulação de alimentos. Na tarde desta quarta-feira, 25, os empreendedores que comercializam pescado no Mercado do Pescado do Igarapé das Mulheres, participaram da capacitação. As oficinas ocorrem às segundas, quartas e sextas-feiras, no horário de 16h às 19h, e encerram no dia 4 de dezembro.
A oficina é ministrada por técnicos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e da Agência de Pesca do Amapá (Pescap). O principal objetivo é capacitar e sensibilizar os empreendedores sobre a importância da manipulação adequada e da qualidade do produto ofertado.
O curso surgiu da necessidade de orientar e conscientizar os manipuladores sobre Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, atendendo as exigências da Portaria MS n° 326 - Regulamento Técnico sobre as condições Higiênico-Sanitárias, de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos. “Identificamos a necessidade de profissionalizar a atividade e fazer com que deixe de ser uma atividade informal e passe a ter um padrão de qualidade”, ressaltou o diretor-presidente da Pescap, Guarabichaba Ferreira.
Ao todo 142 comerciantes estão participando da capacitação. Eles foram divididos em seis turmas, pois no local são comercializados outros alimentos como frutas, carne bovina e suína, que também exigem tratamento adequado para que não sejam contaminados por micróbios, colocando em risco a saúde do consumidor.
“São cuidados que precisam ser adotados durante toda a cadeia produtiva para que o peixe não estrague e dure mais tempo”, explicou o extensionista agropecuário e engenheiro de alimentos do Rurap, Denny Santos.
Entre os procedimentos necessários está o armazenamento do peixe em cubas ou recipientes com bastante gelo desde a pesca, transporte, até a venda; lavagem correta das mães e braços, a não utilização de acessórios como relógios e anéis, uso de luvas, aventais e toucas.
Na higienização do ambiente é preciso utilizar água, sabão neutro e cloro para a limpeza do espaço e equipamentos. Essa medidas evitam a proliferação de micróbios que precisam de espaços úmidos e temperaturas elevadas para multiplicarem-se, além de afastar moscas, ratos e baratas. “Outro fator positivo é a duração do pescado quando bem armazenado com gelo e a satisfação do cliente; queremos que essas práticas sejam modelo de comercialização”, afirmou a engenheira de alimentos da SDR, Gleeice Machado.
O vendedor de peixe Francisco da Silva, que trabalha há 12 anos no ramo, compreendeu a importância da manipulação correta. “Entendi o que é o certo e vou adotar no meu dia a dia, como não usar o celular durante o trabalho e lavar a mão após receber o dinheiro e poder pegar novamente no peixe”, disse.
O curso tem carga horaria de quatro horas, duas de teoria e duas de prática, em que os alunos, junto com os técnicos, realizam a lavagem correta dos boxs. As inscrições foram feitas pela Associação dos Feirantes do Pescado do Perpétuo Socorro (AFPPS) e, ao final da capacitação, será disponibilizado o certificado de participação. A meta é levar a oficina para outras feiras do Estado, fazendo com que a população tenha mais confiança em adquirir os produtos desses espaços fomentando a economia local.